quinta-feira, 9 de julho de 2015

Educação como prática social

Na Escola da Serra há uma atenção especial para a socialização das crianças e adolescentes e para a formação moral. Eu sempre gostei bastante dessa postura da escola, mas ainda me faltavam embasamentos teóricos para compreender melhor a prática docente.

Amaral e Azzi (2004) destacam prática pedagógica como prática social. Nesse sentido, é uma prática dinâmica, conflituosa e professoras e professores influenciam muito esse ambiente porque são atores sociais que interferem no conhecimento específico de cada um e no contexto escolar, assim como nos interesses e motivações dos alunos e alunas.

As autoras destacam também os valores éticos da escola, ressaltando a importância de identificar as fases da formação moral das crianças, tomando por base a epistemologia piagetiana.

Lembro-me de uma reunião de pais na qual a Escola da Serra passou uma entrevista com Yves de La Taille sobre a formação moral na criança. As crianças tinham entre 2 e 3 anos e foi explicado para os presentes quais eram as características principais dessa fase do desenvolvimento, assim como a importância de reconhecer que a próxima fase era a do desenvolvimento da autonomia. Nesse sentido, foi esclarecido o conceito de autonomia, de heteronomia e de anomia. A escola cumpriu, então, uma de suas funções sociais: os profissionais da Educação estabeleceram um diálogo com as famílias, explicando sua prática docente e compartilhando o conhecimento científico específico, no caso, o desenvolvimento moral na criança segundo Piaget.

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